As minhas performances partem sempre de mimetizar ações que pertencem à esfera da vida de todos os dias: fazer uma pergunta, contar uma história, ter uma ação política, perturbar um cenário.
Audio Description remete para uma técnica de narração de imagens ou representações visuais que descreve a ação, as cenas, o cenário, o que só pode ser visto. É usada, sobretudo, em televisão, teatro e cinema, mas também em museus ou eventos desportivos.
Susana Mendes Silva é artista plástica e performer. Desde meados dos anos noventa tem vindo a criar um corpo de trabalho fragmentado e antilinear empregando media tão diferentes como os da fotografia, vídeo, instalação, desenho e performance. Nos seus projetos tem explorado as especificidades de contextos sociais ou íntimos, dos próprios espaços expositivos, evocando narrativas atuais ou históricas, ou convocando os espectadores para a obra.
Sobre o ciclo “Vinte e sete sentidos”
Logo no início do século XX, Kurt Schwitters e poucos outros como ele propuseram-se contemplar os «vinte e sete sentidos da sensorialidade». Quase 100 anos passados, é com a amplitude da perceção humana que as artes de ponta preferem lidar, juntando o tempo e o espaço, o ouvido e o olho. O ciclo “Vinte e sete sentidos” equaciona a performance com a instalação, relacionando a música com outras expressões artísticas, em projetos transdisciplinares e de interação dos meios utilizados. Os conceitos e as práticas variam consoante as perspetivas dos artistas convidados e pretendem-se sempre imprevisíveis. Se a tecnologia hoje ao dispor permite, já por si, o atravessamento das linguagens possíveis, o foco está na criação de soluções menos óbvias, sempre procurando ir para além das finalidades originais de cada funcionalidade.
Susana Mendes Silva is a visual artist and a performer. Since the mid 1990’s Susana have been creating a fragmented and antilinear body of work, making use of such diverse media as photography, video, installation, drawing, and performance. In her projects she explores the specificities of social and intimate contexts, of the very exhibition spaces, evoking actual or historical narratives or convoking the viewers to the work.